Teatro "O coelho resmungão"

Esta semana apresentamos uma dramatização às crianças da nossa instituição e também às crianças do Jardim-de-Infância da nossa escola vizinha de Casais que aceitaram o nosso convite e vieram visitar-nos. 
A história dramatizada teve como base um livro que temos na sala em que foram feitas adaptações à história para que pudesse ser apresentada em teatro e que fosse divertida.
As crianças adoraram a caracterização das suas personagens e as pinturas faciais e a sua prestação foi muito, muito boa!  Mais uma vez, estão de parabéns!!
Fica a promessa que iremos apresentar este teatro aos nossos idosos do Centro Social.


Dia do Pai II

Ainda na sequência do Dia do Pai foi perguntado às crianças o que achavam que só os pais (homens) faziam, o que fazia parte da sua função. 
Foram questionadas sobre o que achavam sobre os pais em geral e não apenas sobre o seu pai. As respostas foram afixadas na porta da sala para que os pais pudessem ler e se divertirem com as respostas dadas pelos seus filhos. 
Foi muito interessante conhecer a perspectiva das crianças e como estas olham e assimilam o mundo dos adultos.


Dia do Pai

Na sexta-feira comemoramos o Dia do Pai com a visita dos pais à escola para brincarem com os filhos nas actividades físicas organizadas. Os pais foram muito participativos no jogo de futebol entre pais e os filhos vibraram ao vê-los jogar. As crianças mostraram-se muito divertidas. No final cada criança levou o seu presente para oferecer ao pai.
 Na nossa sala fizemos um porta-chaves com massa de modelar e um postal. As letras modeladas são as iniciais do nome de cada pai.
Aqui estão alguns exemplos. Esperamos que os pais tenham gostado do presente e do postal!!

Tenho medo de...

 Os medos das crianças...

"Ao longo do desenvolvimento da espécie humana, o medo desempenhou sempre uma função muito específica: proteger o indivíduo de eventuais perigos. Se não tivéssemos medo, teríamos sido a delicia de predadores mais fortes e seríamos hoje uma espécie em vias de extinção ou mesmo extinta.
De acordo com as etapas de desenvolvimento, existem diferentes medos. Dos dois anos e meio aos seis, os medos mais comuns são o medo do escuro, dos animais em geral, de ficar só, de seres imaginários, de fantasmas e monstros. O medo dos animais aumenta dos dois para os quatro anos, ao passo que o medo do escuro e de criaturas imaginárias aumenta dos quatro para os seis anos. 
A melhor forma de os pais ajudarem os filhos a lidar eficazmente com o medo é incentivá-los a confrontarem-se com as situações que o desencadeiam. A promoção da autonomia e o ensino da resolução de problemas, que passa pelo confronto com situações ameaçadoras, são também estratégias importantes e decisivas para que os medos não assumam dimensões patológicas."
  in Educare.pt (Adriana Campos, Psicóloga)

As crianças da sala gostam de assustar os colegas e a palavra "medo" é usada várias vezes durante o dia. Quis aprofundar este tema e as crianças foram questionadas sobre os seus medos.  

Tenho medo de... 
"... de sonhar coisas más, de dinossauros, de leões" - Luís 
"... de abelhas que picam, de tigres" - David
"... de quando sonho com coisas más, vejo a novela e aparece o lobisomem. tenho medo de estar numa casa a arder e de ladrões" - João P.
"... de abelhas, dos lagartos venenosos, tenho medo de ficar perdido, que os ladrões me levem para um sítio estranho. tenho medo que uma casa por cima da minha casa caia em cima da nossa casa." - Roberto
"... de lobos, que alguém me mate e me roube. tenho medo do escuro e de ficar sozinha" - Iara
"... de lobisomens, dos policias que aparecem nas festas e dão tiros e que os ladrões atirem-me para um lago" - Hugo
"... dos lobos, de ficar sozinha na rua, de me perder porque às vezes a mãe vai-se embora da loja e eu fico lá à procura dela" - Clara
"... de ficar sozinho em casa com a minha imã, da música alta, dos balões a rebentar. tenho medo que o pai e a mãe morram. Assusto-me quando a minha imã dá-me um susto" - Rodrigo
"... de fantasmas e de sombras" - Pedro S.
"... que tu (Alexandra) morras . Tenho medo de cobras, dos cães de caça e de ir para cima de uma ponte alta" - Álvaro
"... que alguém me roube, de dormir sozinho e de perder-me" - Pedro M.
"... de alguns animais, das ondas do mar, de ir a alguns sítios sozinho, de andar de avião e olhar cá para baixo e de ficar no meio do lume" - Tiago M.
"... das sombras, que a luz falhe, que a mãe e o pai saiam de casa e deixem-me sozinha" - Débora
"... de ficar sozinho, perdido na rua" - André
"... de ficar sozinha em casa, da sombra do candeeiro e de ter um sonho mau" - Margarida A.
"... dos maus" - Pedro L.
"... das aranhas. que os meus pais morram" - Carolina
"... do fogo, tenho medo que um hotel caia abaixo e arda tudo e que a minha cadela morra" - Tiago A.
"... que a minha mãe morra, que um mau vá buscar-me e cortar-me e de fantasmas e de cobras" - Karina
"... dos sonhos maus, de cair nos buracos, dos cães que são maus, de cair no monte, de aranhas grandes e tubarões" - Inês
"... de cair do buraco, de grutas, de fantasmas, de castelos assombrados e de minhocas" - Francisca
"... de cair do telhado, que a mãe e o pai morram" - Carlos 
"... de dormir sozinha, de estar sozinha em casa. Às vezes tenho medo do escuro" - Margarida F.


Só para pais

1. “Proibido insultar o jardim-de-infância chamando-lhe “escolinha”. Em primeiro lugar, porque é uma escola. Em segundo, porque todas as escolas ganhavam se ligassem Brincar com aprender.

2. É proibido que os pais imaginem que o jardim-de-infância serve para aprender a ler e contar. Ele é útil para aprender a descobrir os sentimentos. Para aprender a imaginar e a fantasiar. Para aprender com o corpo, com a música e com a pintura. E para brincar. Uma criança que não brinque deve preocupar mais os pais do que se ela fizer uma ou outra birra, pela manhã ao chegar.

3. O jardim-de-infância assusta as crianças sempre que os pais – como quem sossega nelas os medos deles por mais um dia de jardim-de-infância - lhes repetem: ” Hoje vai correr tudo bem!”

4. Os pais estão proibidos de despedir-se muitas vezes das crianças, ao chegarem todos os dias. E é bom que se decidam: ou ficam contentes por elas correrem para os amigos ou ficam contentes por elas se agarrarem ao pescoço deles, com se estivessem prestes a ser abandonadas para sempre.

5. É proibido que as crianças vão dia-sim dia-não ao jardim-de-infância. E que vão, simplesmente, quando os seus caprichos infantis vão de férias. E que não vão ” só porque sim”. O jardim-de-infância não é um trabalho para os mais pequenos. É uma bela oportunidade para os pais não se esquecerem que se pode amar o conhecimento, namorar com a vida, nunca ser feliz sozinho e brincar, ao mesmo tempo.

6. No jardim-de-infância não é obrigatório comer até à última colher; nem dormir todos os dias. E não é nada mau que uma criança se baralhe e chame pai/mãe ao educador/a (ou vice-versa).

7. Os pais estão obrigados a estar a horas quando se trata duma criança regressar a casa. Prometer e faltar devia dar direito a que os pais fossem sujeitos classificados como tendo necessidades educativas especiais.

8. Os pais não podem exigir aos filhos relatórios de cada dia de jardim-de-infância. Mas estão autorizados a ficar preocupados se as crianças forem ficando mais resmungonas, mais tristonhas ou, até, mais aflitas, sempre que regressam de lá. E estão, ainda, autorizados a proibir que o jardim-de-infância só se abra para eles durante as festas.

9. O jardim-de-infância é uma escola de pais. E um lugar onde os educadores são educados pelas crianças. Um lugar onde todos se educam uns aos outros não é uma escola como as outras. É um jardim-de-infância.

10. Um dia, num mundo mais amigo das crianças, todas as escolas serão jardins-de-infância!”

Eduardo Sá  (psicólogo clínico, psicanalista e professor de psicologia clínica)

Mapa de Portugal

Na área da escrita está fixado na parede um mapa de Portugal. É frequente as crianças dizerem, durante o planeamento das áreas para onde vão trabalhar, que querem copiar os nomes das cidades que estão no mapa. Numa conversa em grande grupo estivemos a explorar melhor o que as crianças ainda se recordavam sobre o que havíamos falado sobre o mapa e os novos conceitos que entretanto foram acrescentando. 
Depois de revermos a localização da cidade onde vivem, do mar e de Espanha, foi colocada às crianças a questão "Para que servem os mapas?".  
Eis algumas respostas que surgiram:

"Servem para procurar tesouros às vezes"
"Se não usarmos o mapa não sabemos qual é o caminho"
"Podemos ir para um sitio que não conhecemos mas sem mapa ainda nos perdemos"
"Serve para ver onde estamos a ir"
"Serve para irmos para a escola e para casa"
"Se formos para um sitio que não sabemos o caminho ficamos até à noite porque ninguém nos encontra"
"Às vezes quem tem dinheiro compra um GPS em vez de comprar um mapa"
"Vemos os países e o mar"
"É para ver onde é a casa do primo e da família"
"Quando não temos mapa podemos seguir as setas"
"Os riscos no mapa são as estradas"

Noutro dia as crianças desenharam o seu próprio mapa.




 

Tecelagem

As crianças da sala revelaram-se muito habilidosas na arte da tecelagem, construindo pequenos tapetes. 
É uma actividade que aperfeiçoa a motricidade fina,  com movimentos mais minuciosos da mão e dos dedos. A juntar a isto temos a capacidade de concentração e atenção necessária para fazer o dito tapete já que existiam movimentos padronizados e repetitivos a serem executados e uma pequena distracção poderia equivaler a desfazer o que fizeram anteriormente ou encaixar o fio num local incorrecto.
Foi dada uma rede e novelos de fio e foi explicado às crianças como poderiam entrelaçar o fio na rede para fazer o tapete. O adulto ajudou sempre que era necessário trocar o fio e atar no anterior. A escolha das cores e a forma do tapete ficou ao critério de cada criança. Sempre que estivessem cansados poderiam deixar o tapete e voltar numa outra altura ou dia para retomar. Como tal os tapetes foram feitos ao longo de dias e alguns deles foram feitos por mais do que uma criança pois quando já não queriam fazer mais perguntaram se podiam entregar o seu tapete a um colega que o quisesse terminar.


Expressão plástica: desenho invisível

Foram dadas velas às crianças que deveriam usar como se fosse um lápis e podiam fazer um desenho. As crianças começaram a desenhar e diziam que não conseguiam ver o seu desenho no papel e expliquei que era um desenho invisível. Depois de terminarem escolheram com que cor poderiam cobrir o seu desenho e questionavam o porquê de taparem o desenho. Ao verem a tinta no papel perceberam que esta "fazia aparecer" o seu desenho.